Ata do Copom e inflação do Brasil, EUA e zona do euro no centro das atenções

Por ora, ata do Copom não abriu espaço para acelerações no ritmo de corte da Selic. Já o relatório de inflação apresentou projeções consistentes com a nossa expectativa de que a taxa Selic encerre o ciclo de flexibilização monetária em cerca de 9,00% a.a.

Por Itaú Private Bank

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Crédito: Getty Images/Itaú Private Bank

No Brasil, a ata da última reunião do Copom sinalizou que ainda não há espaço para uma aceleração no ritmo de corte da taxa Selic. Já o relatório de inflação do Banco Central trouxe projeções em linha com a nossa expectativa de que a taxa encerre o ciclo de flexibilização em cerca de 9,00% ao ano.

No cenário internacional, tanto o núcleo do PCE dos EUA (uma das referências usadas pelo Federal Reserve em suas decisões de política monetária) quanto o CPI da zona do euro recuaram, mostrando uma desaceleração da inflação.

Confira mais detalhes abaixo:

Ata do Copom: sem aumento de ritmo, por ora

A ata da última reunião do Copom não abriu espaço para uma aceleração no ritmo de corte e deu ênfase aos desafios do cenário internacional, incluindo a possibilidade de que a taxa de juros neutra em economias desenvolvidas seja agora mais alta. No âmbito doméstico, as autoridades discutiram as causas das surpresas com a atividade e demonstraram preocupação com a ancoragem apenas parcial das expectativas de inflação. Nossa projeção é de que a Selic encerrará o ano em 11,50% a.a., já que, à medida que o conjunto de informações evoluir, com maior clareza sobre o processo de desinflação e a desaceleração econômica, haverá espaço para aceleração de ritmo em dezembro.

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IPCA-15 sobe 0,35% em setembro

O IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que registrou alta de 0,35% em setembro, ligeiramente abaixo do esperado. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de 5%. As medidas de núcleo de inflação mostraram desaceleração, e o Índice de Difusão, que mede a proporção de itens que tiveram aumento de preços, recuou, sinalizando maior desinflação adiante. A leitura corrobora o cenário de desinflação gradual, com uma composição mais benigna, especialmente com arrefecimento de serviços. Esperamos que o IPCA encerre 2023 em 4,9%.

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Relatório de Inflação: projeções em torno das metas

O Relatório Trimestral de Inflação (RI) do Banco Central atualizou a estimativa do PIB para 2023 de 2,0% para 2,9%, refletindo a surpresa positiva no segundo trimestre, com a ressalva de que o crescimento nos próximos trimestres e no ano que vem deve ter ritmo menor. Não há menção a uma aceleração do ritmo de redução dos juros, mas acreditamos que o movimento pode se tornar mais provável à medida que o cenário evoluir. As projeções são consistentes com a nossa expectativa de que a taxa deve encerrar o ciclo de flexibilização em cerca de 9,00% ao ano.

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IGP-M de setembro vem próximo do esperado pelo mercado

A FGV divulgou o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que subiu 0,37% em setembro, próximo do esperado. A taxa acumulada em 12 meses passou de -7,2% para -6%. O índice de preços ao produtor amplo (IPA) acelerou, após registrar deflação em agosto, com destaque para a influência do diesel. Já o IPA agrícola desacelerou na comparação mensal, com a influência negativa de bovinos e do leite in natura. O índice de preços ao consumidor (IPC) acelerou no mês e acumula uma alta de 4,2% em 12 meses.

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Inflação dos EUA medida pelo núcleo do PCE desacelera em agosto

O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA desacelerou para 0,1% em agosto, na comparação mensal (enquanto o mercado esperava manutenção da taxa anterior), e 3,9% na base anual, em linha com o esperado. O indicador “cheio” acelerou para 0,4% m/m e para 3,5% a/a. Tanto o gasto nominal dos consumidores quanto o real (ajustado pela inflação) cederam, mostrando desaceleração do consumo na margem, em linha com a revisão para baixo do componente no PIB do segundo trimestre.

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Inflação da zona do euro cede em setembro

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) da zona do euro desacelerou para 4,3% em setembro. O núcleo do CPI recuou para 4,5% na base anual. A leitura confirmou a expectativa de uma queda mais expressiva na inflação, em linha com o cenário de que o Banco Central Europeu (BCE) encerrou seu ciclo de aperto monetário na última reunião, com o foco passando a ser o período no qual as taxas devem seguir em território restritivo.

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Taxa de desemprego do Brasil cai para 7,8% no trimestre encerrado em agosto

A taxa de desemprego do Brasil recuou para 7,8% no trimestre encerrado em agosto, segundo a Pnad Contínua, em linha com as expectativas. A queda foi resultado do aumento do emprego, que compensou a alta da força de trabalho. A taxa de participação ficou estável, enquanto a massa salarial real efetiva avançou. Os dados continuaram a demonstrar a resiliência do mercado de trabalho, com expansão no segmento formal, apesar de ligeira queda no emprego informal. Mantemos nossa expectativa de que a taxa de desemprego encerre o ano em 8,0%.

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