Inflação dos EUA vem abaixo do esperado em maio
No Radar do Mercado: inflação ao consumidor veio abaixo das expectativas do mercado, com núcleo mais fraco, ainda sem sentir um impacto mais concreto das tarifas comerciais. Enquanto isso, acordo entre China e EUA pode ser assinado pelos respectivos presidentes
Por Itaú Private Bank
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA registrou alta de 0,08% em maio, desacelerando em relação a abril (0,2%) e abaixo das expectativas do mercado (0,2%), segundo dados divulgados hoje pelo Escritório de Estatísticas Trabalhistas (BLS, na sigla em inglês). Com isso, a inflação acumulada em 12 meses acelerou para 2,4% em maio, também abaixo da mediana das projeções (2,5%).
Já o núcleo do indicador, que desconsidera itens mais voláteis, como alimentos e energia, desacelerou de 0,24% em abril para 0,13% em maio, abaixo das estimativas do mercado, de 0,3%. No acumulado em 12 meses, o núcleo se manteve estável em 2,8%, ante os 2,9% projetados pelo mercado.
Entre os componentes, os preços de habitação e alimentação contribuíram positivamente, ambos com alta de 0,3%, enquanto energia recuou 1%, com destaque para a queda na gasolina. As tarifas comerciais em vigor ainda não impactaram de forma expressiva a inflação, sugerindo repasse limitado da alta de custos por enquanto.
Nossa visão: o resultado do CPI de maio veio abaixo do esperado e com uma dinâmica benigna, reforçando um cenário de moderação da inflação nos EUA, antes que o impacto das tarifas se faça mais concreto. Diante disso, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve seguir aguardando maior clareza sobre o cenário para agir e manter a taxa de juros americana no mesmo patamar na próxima reunião.
Acordo entre China e EUA será encaminhado para assinatura dos presidentes
As delegações dos EUA e da China encerraram as negociações realizadas em Londres ao longo dos últimos dois dias. Agora, o acordo negociado entre as partes será encaminhado para a assinatura dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping e pode indicar uma trégua no embate comercial. Segundo as apurações feitas até aqui, o entendimento contempla tanto um alívio nas restrições chinesas à exportação de terras raras aos EUA quanto uma flexibilização, por parte dos EUA, nos controles sobre exportação de tecnologia e pela aceitação de estudantes chineses nas universidades americanas.
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