FMI projeta crescimento global de 3,2% em 2024 e 2025
No Radar do Mercado: Fundo Monetário Internacional divulgou relatório em que classifica previsão de crescimento para os próximos anos como fraca, aponta riscos e faz recomendações para um crescimento maior no médio prazo
Por Itaú Private Bank
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou nesta terça-feira o World Economic Outlook (WEO), relatório que traz as previsões da entidade para a economia mundial, destacando que a batalha contra a inflação ao redor do mundo está quase vencida e que é preciso adotar políticas que estimulem o crescimento a partir de agora.
Segundo o FMI, a inflação está convergindo em direção à meta na maioria dos países e o ciclo de aperto monetário está chegando ao fim com as economias tendo demonstrado resiliência, o que evitou uma recessão global. No entanto, os ganhos de produtividade a longo prazo ainda são fracos e se somam a medidas protecionistas, conflitos geopolíticos e eventos climáticos extremos entre os desafios para sustentar um crescimento maior à frente.
A previsão do FMI para a taxa de crescimento global de 2024 foi mantida em 3,2%. O resultado foi influenciado por um aumento na previsão de crescimento dos EUA que compensou quedas nas projeções para outras economias avançadas, em particular, dos maiores países europeus. Já no que diz respeito ao crescimento dos mercados emergentes e das economias em desenvolvimento, o FMI revisou para baixo a previsão de crescimento no Oriente Médio, na Ásia Central e na África Subsaariana, mas compensou essas revisões com previsões maiores para a Ásia emergente, onde os reflexos do desenvolvimento da inteligência artificial e novos investimentos públicos, sobretudo na China e na Índia, impulsionaram o crescimento.
O FMI estima que o crescimento global deverá seguir pouco acima de 3% nos próximos cinco anos, o que considerou um desempenho abaixo da média em comparação com o período pré-pandemia. Para sustentar um crescimento maior no médio prazo, o relatório recomendou que bancos centrais de países onde a inflação já está sob controle forneçam mais apoio à atividade e que os governos consolidem políticas fiscais e promovam reformas estruturais que aumentem a produtividade e a oferta de trabalho.
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