PIB dos EUA cresce no 3º tri, enquanto inflação acelera em setembro
Economia e Mercados: o PIB dos EUA surpreendeu e cresceu 4,9% no 3º trimestre; o núcleo do PCE, uma das referências de inflação para o Fed, acelerou em setembro
Por Itaú Private Bank
O destaque da semana para os investidores foi o PIB do terceiro trimestre dos EUA, que superou as expectativas do mercado. Na mesma direção, a leitura do PCE de setembro mostrou alta no gasto dos consumidores acima do esperado, reforçando a resiliência da atividade americana.
Por aqui, o IPCA-15 reforçou o cenário de desinflação gradual à frente. Agora, as atenções se voltam para a Super Quarta, na semana que vem, quando serão divulgadas as decisões de política monetária dos Bancos Centrais do Brasil e dos EUA.
A seguir, confira mais detalhes.
Brasil: IPCA-15 sobe 0,21% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de outubro subiu 0,21% no mês, abaixo da leitura de setembro (0,35%) e em linha com as expectativas do mercado (0,20%). O acumulado em 12 meses atingiu 5,05%. As medidas de núcleo seguem em desaceleração gradual. O índice de difusão, que mede o percentual de itens com aumento dos preços, apresentou alta na margem, mas segue em trajetória favorável, indicando inflação menos disseminada ao longo dos últimos meses. Seguimos com a nossa projeção para o IPCA de 2023 em 4,9%.
PIB americano cresce 4,9% no terceiro trimestre de 2023
A primeira estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023 apontou um avanço de 4,9% na comparação trimestral, em termos anualizados, acima das projeções do mercado (4,5%). Além disso, houve aceleração em relação ao crescimento no trimestre imediatamente anterior (2,1%). O resultado refletiu, principalmente, a alta nos gastos dos consumidores, tanto em serviços quanto em bens. Ainda que seja a primeira leitura, a divulgação confirma as expectativas de um PIB forte no terceiro trimestre, ainda sem sinais de desaceleração econômica.
Inflação dos EUA medida pelo núcleo do PCE acelera em setembro
O núcleo do Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos EUA avançou 0,3% m/m em setembro, acelerando em relação a agosto (0,1%), e 3,7% a/a, conforme o esperado. O indicador “cheio” (que inclui energia e alimentos) ficou em 0,4% m/m e 3,4% a/a, mantendo o ritmo anterior. O gasto nominal dos consumidores e o gasto real (ajustado pela inflação) aceleraram no mês, surpreendendo para cima. Em geral, a leitura reforça a resiliência da atividade americana, em meio a uma desinflação gradual que deve continuar à frente.
Dados de atividade empresarial na zona do euro recuam em outubro
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto da zona do euro caiu em outubro para 46,5 pontos. Houve retração no desempenho do setor de serviços, enquanto o manufatureiro segue sem mostrar recuperação, ambos abaixo das expectativas. Na análise por país, houve queda no índice composto da Alemanha e França. Em geral, o PMI da região segue abaixo de 50, apontando para retração da economia à frente. É o quinto mês consecutivo de queda e o mais acentuado desde novembro de 2020.
Banco Central Europeu (BCE) mantém juros inalterados
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter as taxas de juros inalteradas, em linha com o esperado. Com isso, a taxa de refinanciamento segue em 4,50%, a de depósitos em 4,00% e a de empréstimos em 4,75%. As autoridades avaliam que, apesar da pressão sobre os preços seguir em patamar alto, a inflação arrefeceu consideravelmente em setembro. A expectativa do BCE é que as taxas permaneçam em nível elevado por período prolongado, e que sua manutenção por tempo suficientemente longo traga a inflação para a meta no longo prazo.
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