Revisamos nossos cenários: 10 temas globais e 10 locais para 2024
No Radar do Mercado: aproveitamos o início do ano para fazer uma revisão de cenário em um formato especial, com os 10 temas domésticos e globais que consideramos mais importantes
Por Itaú Private Bank
10 temas domésticos para 2024
Em 2023, tivemos um crescimento mais forte na primeira metade do ano, impulsionado pelo aumento da renda, seguido de uma desaceleração no segundo semestre. Para 2024, a expectativa segue sendo de um crescimento menor na comparação com 2023, enquanto a taxa Selic deve seguir em trajetória de queda rumo a um dígito, mas ainda em nível contracionista.
A seguir, entenda quais são os 10 temas que discutimos ao longo do relatório.
BRL: taxa de câmbio terminou o ano abaixo de R$ 5,00 por dólar
1. O que explica a boa performance? Há espaço para apreciação adicional em 2024?
Atividade: “um jogo de dois tempos”
2. Por que crescimento será menor em 2024 que em 2023?
3. Quais são os riscos?
Inflação: dinâmica benigna na margem; 3,6% em 2024
4. Alimentação pode ter deflação novamente?
5. Industriais podem continuar rodando em terreno negativo?
6. Serviços vão continuar desacelerando mesmo com desemprego em 8%?
Selic: em direção a um dígito, mas ainda contracionista (acima do neutro)
7. Expectativas de inflação 2025 e 2026 em 3,5%: o que faria convergir para meta?
8. Quais são os riscos de Selic abaixo de 9% e/ou aceleração do ritmo de corte?
Fiscal: os desafios de sempre
9. Cumpre ou altera meta em 2024? E o arcabouço em 2025?
10. Volta do parafiscal: qual é espaço para aumento de concessões do BNDES?
10 temas globais para 2024
No segundo semestre, os juros tiveram uma mudança de tendência clara. As turbulências começaram com maior ritmo de emissões do tesouro americano e uma série de dados piores para a inflação, mas que arrefeceram depois, com a intensidade menor nas emissões e indicadores melhores do que o esperado.
O nosso cenário base é de um pouso suave global, sem recessão após as altas nos juros. O Federal Reserve (Fed, banco central americano) deve começar a reduzir suas taxas em março, realizando quatro cortes ao longo do ano. Já o Banco Central Europeu deve começar em abril, mas com seis cortes em 2024. A seguir, entenda quais são os 10 temas discutidos no relatório.
- EUA: desempenho superior vai continuar? ‘Pouso suave’ ou recessão?
- Fim da inflação global? Última milha da desinflação mais fácil?
- Fed: dos ‘juros altos por mais tempo’ para ‘cortes rápidos’?
- Europa escapa da estagflação?
- China: estímulos evitam PIB ~4%?
- BoJ: volta à normalidade?
- Emergentes: resiliência vai continuar?
- Desdolarização global vai ocorrer?
- Geopolítica: guerras e eleições
- AI vai levar a boom de produtividade?
Dados: indicadores de inflação recuam na China em dezembro
Na frente de dados, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) da China foi divulgado na noite de ontem, 11, e registrou uma deflação de 0,3% em dezembro, na comparação anual, uma queda um pouco menos intensa do que o esperado pelo mercado (-0,4%). O movimento foi puxado principalmente pelo componente de alimentação, que retraiu 3,7%. O núcleo do CPI (que exclui itens mais voláteis, como alimentação e energia) ficou estável em 0,6% na base anual.
O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) também registrou deflação (-2,7%) em termos anuais, uma queda menos intensa do que o registrado em novembro (-3%) e praticamente em linha com o esperado.
Nossa visão: a retração do PPI continua sendo um fator a favor da desinflação global de bens, mas esse processo deve ficar menos intenso adiante. Com relação ao CPI, a leitura em patamar negativo reflete um ambiente com pressões deflacionárias, uma vez que a recuperação do consumo foi bem menos intensa do que a do lado da oferta, além da queda das commodities, que influenciaram os preços de alimentação e energia.
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