Relatório Focus mostra elevação das projeções para a Selic; IGP-M avança menos do que as expectativas

No Radar do Mercado: boletim divulgado pelo Banco Central apontou aumento nas expectativas para a Selic de 2024 e 2025; IGP-M de outubro sobe abaixo do esperado pelo mercado

Por Itaú Private Bank

3 minutos de leitura

Relatório Focus: mercado aumenta projeções para a Selic

O Banco Central divulgou hoje mais uma edição do Relatório Focus. De maneira geral, a pesquisa apontou uma elevação nas projeções da Selic para os próximos dois anos.

As expectativas para a taxa Selic se elevaram para 2024 (9,25%) e 2025 (8,75%). Para 2023 e 2026 as projeções permaneceram inalteradas em 11,75% e 8,50% respectivamente.

Com relação à inflação, a mediana das estimativas do IPCA de 2023 caiu ligeiramente para 4,63%, enquanto para 2024 houve um aumento (para 3,90%). Já para 2025 e 2026, as projeções para a inflação seguiram em 3,50%. Vale lembrar que a meta do Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3% para os próximos anos, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Com relação à atividade econômica, as estimativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) caíram ligeiramente para 2023 (2,89%). Porém, não houve mudanças para 2024 (1,50%), 2025 (1,90%) e 2026 (2,00%).

Por fim, a estimativa para a taxa de câmbio permaneceu estável para 2023 (a R$/US$ 5,00), 2024 (a R$/US$ 5,05) e 2025 (a R$/US$ 5,10). Para 2026, houve um leve aumento (para R$/US$ 5,20).

IGP-M de outubro sobe abaixo do esperado

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) avançou 0,50% em outubro, abaixo do esperado pelo mercado (0,63%). Dessa forma, o acumulado dos últimos 12 meses aumentou para -4,6% em outubro.

Os preços no atacado do setor agrícola continuam mostrando deflação, mas menos intensa do que nas leituras anteriores, enquanto os preços no segmento industrial registraram novo avanço na margem, influenciados principalmente pelo preço do minério de ferro.

Em relação aos demais componentes do IGP-M, os preços ao consumidor e os custos da construção continuam contribuindo positivamente para o resultado do indicador.

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