Focus: projeções para inflação continuam se aproximando da meta

No Radar do Mercado: Banco Central divulga nova edição do Relatório Focus com revisões nas previsões do IPCA deste ano, de 12 meses à frente e de 2026, além de oscilação nas expectativas para PIB em 2026 e câmbio em 2027

Por Itaú Private Bank

7 minutos de leitura
Tabela com os principais indicadores do boletim Focus

O Banco Central divulgou nesta segunda feira, 21, mais uma edição do Relatório Focus com mudanças nas projeções para o PIB de 2026, queda na expectativa da inflação em 2025 e 2026 e recuo para o câmbio de 2027.

A mediana das projeções para o IPCA de 2025 recuou de 5,17% para 5,10%, mas ainda bem acima do teto do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual ao redor da meta de 3,0% ao ano definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Já para 2026, a estimativa recuou de 4,50% para 4,45%, dentro do intervalo de tolerância, após meses de estabilidade. Enquanto isso, a previsão para 2027 seguiu em 4,00% e a expectativa para a inflação de 12 meses à frente recuou de 4,65% para 4,49%.

Na parte do PIB, o relatório do Banco Central apresentou uma leve oscilação de 1,89% para 1,88% na expectativa para o ano que vem, enquanto as projeções para 2025 e 2027 se mantiveram estáveis em 2,23% e 2,00%, respectivamente.

Em relação ao câmbio, as estimativas para 2025 e 2026 se mantiveram em R$/US$ 5,65 e R$/US$ 5,70, respectivamente. Mas, em relação a 2027, a estimativa oscilou de R$/US$ 5,71 para R$/US$ 5,70.

Por fim, as expectativas para a taxa Selic em 2025 ficaram estáveis, com manutenção em 15,00% a.a. até o final deste ano, recuo para 12,50% a.a. em 2026 e para 10,50% a.a. em 2027.

Primeiro-ministro do Japão perde maioria na Câmara Alta

A coalizão do primeiro-ministro japonês Shigeru Ishiba perdeu a maioria absoluta na Câmara Alta do Parlamento nas eleições realizadas neste domingo, 20, de acordo com as informações da imprensa local. Agora, Ishiba está sem o apoio da maior parte dos representantes nas duas casas, algo que não acontecia desde a Segunda Guerra Mundial, já que o partido já tinha perdido a maioria na Câmara Baixa nas eleições de outubro de 2024.

Juntos, o Partido Liberal Democrático (PLD) do primeiro-ministro e o partido aliado de centro-direita Komeito, conquistaram 47 das 125 cadeiras em disputa no Senado, abaixo dos 50 necessários para manter a maioria. O resultado reflete a insatisfação dos japoneses frente à alta da inflação no país e a ascensão do partido anti-imigração Sanseito, que elevou sua representação de 1 para 14 cadeiras. Apesar disso, o primeiro-ministro japonês afirmou que permanecerá no cargo, mas deve ter ainda mais dificuldade para implementar sua agenda política e para ter apoio em meio às negociações comerciais com os EUA.

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